Pular para o conteúdo principal

ALPB busca intermediar uma solução para reabrir fábricas de água na Paraíba que foram interditadas pela Operação Poseidon



A Operação Poseidon que interditou várias fábricas de água adicionada de sais minerais em várias cidades da Paraíba, no começo de novembro, foi tema de uma reunião nesta quinta-feira (22), na Assembleia Legislativa. Convocada pelo deputado estadual Jeová Campos e presidente da Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente, com apoio da deputada Estela Bezerra, a reunião teve a participação de representantes de oito, das 17 fábricas interditadas. “A nossa iniciativa busca uma solução para um fato que tem impacto sócio e econômico direto em mais de 100 famílias, de várias cidades paraibanas e é um assunto de interesse do consumidor”, explicou o parlamentar.
Durante a reunião, vários empresários expuseram detalhes da Operação, considerada por eles como truculenta, os representantes da Agevisa - Ailton Cesar, Herberto Palmeira e Tatiane Lucena – abordaram as normas e legislação pertinentes ao setor e os deputados Jeová Campos e Estela Bezerra sugeriram ações e encaminhamentos que buscam solucionar a questão o mais breve possível. A articulação com a Anvisa, através de uma reunião em Brasília marcada para o dia 03 de dezembro, mas que poderá ser antecipada, além de uma reunião com o promotor do MPE, Glauberto Bezerra são alguns dos encaminhamentos.
 Também ficou decidido que a Agevisa vai fazer uma integração com a Anvisa no sentido de buscar as soluções para os variados casos identificados, culminando na reabertura dos empreendimentos que estejam em dia com a legislação e normas do setor. Outra proposta será firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para ampliar o prazo de adequação dos estabelecimentos à RDC 182 que entrou em vigor em abril deste ano e cujo prazo de adequação se extinguiu em outubro.
“Quando se fecha uma empresa, você prejudica a população de um modo geral e, neste caso específico, ficou evidenciado que houve uma certa truculência e abuso de autoridade na condução de todos os procedimentos que culminaram com o fechamento destas empresas e até prisão de empresários”, disse Jeová. Ele lembrou que, neste caso, também ficou evidenciado que a produção do produto estava sendo feita de forma legal e que os ajustes necessários, inclusive, para a adequação das novas normas que regem o setor, já estavam sendo observados e cumpridos.
“Não estamos aqui defendendo quem não tem condições técnicas de operar, mas buscando fazer uma mediação e solução para retomada dos trabalhos destas fábricas que geram empregos, que distribui água para os cantos mais longínquos da Paraíba, que tem um papel importante nas localidades onde estão sediadas e, sobretudo, vendem um bom e saudável produto, a um preço bem mais acessível”, reiterou o parlamentar. Ainda segundo Jeová, os órgãos de defesa do consumidor precisam estar atentos a repercussão geral de uma operação como essa que prejudicou toda uma população. “Os moradores da cidade de Prata, por exemplo, hoje não têm água mineral para consumir”, disse Jeová. 
A Operação Poseidon foi coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Secretaria da Receita Estadual (SER-PB) e Secretaria de Segurança e Defesa Social. A Agevisa não participou da ação, sequer foi comunicada previamente, e já se manifestou publicamente sobre essa questão, solicitando informações da Anvisa, inclusive, no tocante aos dados sobre o que de fato foi apurado. “Nenhum documento nos foi encaminhado sobre as supostas irregularidades. E isso é importante porque se tivermos uma empresa irregular no Estado, as medidas sanitárias precisam ser adotadas e quem vai acompanhar isso de perto é a Agevisa”, destacou Herberto Palmeira, gerente de Integração e Articulação do órgão estadual.
O deputado Jeová Campos, que também é advogado, chamou atenção para um fato curioso sobre a Ordem de Missão Nº 06/2018 que desencadeou a Operação Poseidon. Segundo o parlamentar, em todo o documento não tem um único fato objetivo que justifique tal operação. “Essa foi uma ação institucional delicada, pois entendemos que alguns comportamentos não são condizentes com a atual visão de fiscalização que traz em seus princípios primeiro a orientação e educação e somente depois desta etapa é que se faz a punição. Na nova visão sanitária você primeiro orienta e capacita e depois cobra. E isso não foi respeitado nesta ação, assim como outros pormenores, mas, o importante agora é buscar uma solução que permita a reabertura das fábricas, a manutenção dos empregos e o abastecimento destas localidades”, finalizou o parlamentar.






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo manda recado aos paraibanos sobre fake news e elegibilidade de Ricardo Coutinho

O ex-ministro da Justiça do governo de Dilma Rousseff , José Eduardo Cardozo, gravou um vídeo que começou a circular hoje (27) nas redes sociais da Paraíba alertando sobre divulgação de fake news, especialmente, sobre a candidatura de Ricardo Coutinho ao Senado e reforçando a legitimidade da votação no ex-governador. “Nessa reta final das eleições, muito cuidado, mas muito cuidado mesmo com as fake news, pois tem muita gente com ma fé, tentando divulgar notícias falsas para afastar eleitores do voto que, por consciência, querem dar a Ricardo Coutinho. Ele terá o nome na urna e digitando o número dele terá a fotografia e o resultado de um voto que você está dando para o bem da Paraíba”, destaca o ex-ministro no começo do vídeo. Em seguida, ele reforça o alerta de que as pessoas devem desconsiderar fake news sobre a candidatura do petista ao Senado Federal. “Se você acha que Ricardo Coutinho é, como as pesquisas mostram, o que tem a preferência dos paraibanos, vote com segurança, vote

Emendas do deputado Jeová Campos vão garantir a destinação de R$ 1,4 milhão para realização de várias ações na área de saúde

Além de deixar um legado de várias leis e ações que impactaram positivamente a vida dos paraibanos, o Deputado Estadual Jeová Campos (PT), que está se despedindo do parlamento paraibano, pois não concorreu a um novo mandato na ALPB, garantiu através de cinco Emendas Impositivas a destinação de R$ 1.477.642,00 para ações de saúde. Na lista de beneficiários estão a Fundação Napoleão Laureano, a Fundação José Leite de Souza (Hospital Nova Esperança) e os municípios de Carrapateira e São José de Piranhas. O parlamentar ainda elaborou uma Emenda de Meta, beneficiando o Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho, com o investimento de R$ 400 mil para obras de reforma e ampliação de enfermarias. As propostas fazem parte da Lei Orçamentária Anual de 2023 aprovada ontem durante sessão ordinária pelos deputados paraibanos. A Fundação Napoleão Laureano de Combate ao Câncer, que é mantenedora do Hospital Napoleão Laureano, referência em atendimento oncológico de alta complexidade, será con

Comportas do açude de Engenheiro Avidos não têm condições de serem abertas e é preciso tomar providência urgente diz Jeová Campos

“Há dois anos, desde a época da Caravana dos Bispos, já identificamos que as comportas do açude de Engenheiro Avidos não funcionavam. E agora, com as chuvas naquela região e o volume de água se acumulando, ele tem tudo para precisar das comportas e as comportas não têm condições de serem acionadas, de serem movimentadas e abertas em caso de necessidade”, afirmou, na tarde desta quarta-feira (11), o deputado Jeová Campos. O parlamentar teve um requerimento aprovado na sessão, para oficiar o DNOCS e a AESA para que os órgãos informem a ALPB, num prazo de 24 horas, quais são as medidas que estão sendo adotadas em relação às comportas do açude. O presidente da ALPB, Gervásio Maia Filho, solicitou a Mesa da Casa para providenciar os encaminhamentos necessários para tal propositura. De acordo com Jeová, é preciso ter celeridade com essa questão, pois o açude hoje já se encontra com quase 50 milhões de metros cúbicos. “A revisão nestas comportas não pode mais esperar, isto porque, se o vol