O presidente da Frente
Parlamentar da Água da ALPB, deputado Jeová Campos (PSB) elogiou a iniciativa
do Ministério Público da Paraíba (MPPB) de criar uma força tarefa para
acompanhar e fazer cumprir as decisões que forem tomadas pela Agência Executiva
de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa), pela Agência Nacional de Águas (ANA) e
pelo Comitê da Bacia Piancó-Piranhas-Açu com o foco de preservar o
abastecimento de água pelo Sistema Coremas-Mãe D'água. O anúncio da criação da
força tarefa foi feito no final da manhã
desta terça-feira (01) pelo procurador-geral de Justiça, Bertrand de Araújo
Asfora, durante a audiência pública realizada na cidade de Patos.
“Não podemos ser negligentes com a única reserva técnica de água que tem o sertão paraibano, de forma que acho essa iniciativa do MPPB bastante necessária e oportuna”, destaca Jeová. Segundo o parlamentar, as águas do reservatório ainda estão sendo utilizadas para a irrigação de plantações, mas isso é inadmissível. “Com apenas 15% de sua capacidade total, o reservatório de Mãe D´Água, por exemplo, precisa ser preservado ao máximo. Essa é a única fonte de água que temos para abastecimento de todas as cidades da região do sertão e ela está com apenas 89 milhões de metros cúbicos, de forma que não podemos continuar utilizando suas águas para irrigação, apenas para o consumo humano”, destaca Jeová. Ele lembra que a situação de Coremas também precisa de uma atenção especial.
Ainda de acordo com Jeová, além da baixa capacidade do sistema Coremas- de Mãe D’Água e diante da realidade atual e das nada favoráveis previsões climáticas e de chuva para o próximo ano, é preciso redobrar ainda mais a atenção. “A perspectiva de chuva é muito ruim e o que se vislumbra é o agravamento da crise hídrica que só terá uma solução quando chegar às águas da transposição do Rio São Francisco, que só estão previstas para o final de 2016 ou começo de 2017, e se até lá acontecer algum problema, o que faremos se o sistema entrar em colapso, Vamos pegar água onde?”, adverte Jeová.
“A questão da água é vital. Todas as ações cíveis e criminais para o cumprimento da lei vão ser tomadas pelo Ministério Público da Paraíba. Nisso o Ministério Público não arreda o pé, doa a quem doer. Estamos criando essa força tarefa também para acompanhar todos os desdobramentos dessa audiência”, anunciou Bertrand Asfora.
“A Paraíba precisa encontrar soluções para um problema que está apenas começando e que tende a se agravar de acordo com as previsões futuras e quando mais instituições estiverem envolvidas nessa luta, maior força e melhor poder de mobilização nós teremos”, disse Jeová, que está vigilante em relação a essa problemática e desde o início de seu segundo mandato vem focando essa temática como prioritária em sua ação parlamentar. “Sem água não há vida”, finaliza o parlamentar quer não pôde participar da audiência em função de compromissos da ALPB.
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