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A cidadania jamais será compatível com prisões coletivas afirma deputado Jeová Campos

“A política de segurança não pode ser apenas uma política de intervenção para um estado. Tem que ser uma política articulada, com todos os estados, É fato que a cidadania jamais será compatível com prisões coletivas. A democracia, em nenhum lugar do mundo, jamais aceitará mandatos coletivos de prisão”, afirmou hoje (21), durante sessão plenária da ALPB, o deputado estadual Jeová Campos (PSB).
Para o parlamentar, o fato deve ser imputado a quem o praticou e não a coletividade onde as pessoas residem. “Não posso eu aceitar neste país, depois de tantos anos de lutas, respeitando a memória de tantos aqueles que não estão mais aqui entre nós, essa história de mandatos de execução coletivos. Isso é abominável, é um ato completamente atentatório à Constituição Federal e quero deixar registrado aqui que não posso, de forma nenhuma, calar o meu mandato a esse fato”, disse Jeová.
            Na opinião do deputado, essa intervenção é uma experiência desesperada de um governo sem sucesso, sem punho. “Coincidentemente, devemos observar quem é o Presidente da República, o senhor Michel Temer, do PMDB, e quem é o governador do Rio, Pezão, também do PMDB. Ora, se não tem política para o Rio de Janeiro é porque não tem política para o país”, reiterou Jeová.
            O deputado disse que está inquieto com essa conjuntura nacional. “Essa intervenção militar no Rio de Janeiro não é o que parece. O que está por trás desta operação de intervenção no Rio não é o fato em si. Eu participei de uma palestra com uma especialista em segurança pública e doutora da Universidade Federal Fluminense e ela dizia qual era o seu sentido sobre essa intervenção, denominada por ela como operação ‘espanta barata’. E sabe por que isso? Porque o criminoso não tem pátria fixa, não tem territorialidade a não ser quando é para defender a sua própria área de atuação criminosa. O certo é que, na verdade, essa intervenção é uma experiência desesperada de um governo sem sucesso, sem punho e vai custar muito para a sociedade carioca”, disse Jeová.
Para o parlamentar não se combate a violência apenas espantando os bandidos do Rio para São Paulo, Minas e até para o Nordeste. “O que nós precisamos é de uma política de segurança para todo o país, que envolva todas as polícias, as forças de segurança nacional, as instituições e, sobretudo, que se defina um orçamento que possa permitir aos profissionais da área de segurança não só ter a segurança de sua própria vida, mas que possam, com boas condições, enfrentar o poderio do crime organizado que hoje tem um poder muito forte e profundo”, destacou Jeová.
Jeová disse ainda no final de seu discurso que pretende convidar o desembargador Siro Darlan para fazer uma palestra em João Pessoa sobre as intervenções militares no Rio de Janeiro. “O Rio já teve essa experiência durante a Jornada Mundial da Juventude, na visita do Papa, nas Olímpiadas, na Copa do Mundo, na Favela da Maré e agora mais essa intervenção e o que nós observamos é o recrudescimento da violência então a solução não passa por intervenção”, afirmou o parlamentar.



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