Jeová Campos acha legítima greve dos servidores da Dataprev e diz que defender o órgão é uma questão de soberania nacional
Os servidores da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), na Paraíba, decidiram parar suas atividades, a partir desta quinta-feira (23), em função do desmonte da instituição previsto com o programa de desligamento voluntário que 'maquia' a demissão em massa proposta pelo Governo Federal. O deputado estadual Jeová Campos (PSB) acostou-se ao movimento dos servidores, que segue orientação nacional, e é contra a privatização da instituição. “O Governo não pode entregar de 'mão beijada' uma tecnologia usada nos programas estratégicos e sociais do governo ao capital estrangeiro. Isso fere a nossa soberania, até”, disse o parlamentar.
“Já existe um programa de desligamento voluntário imposto aos servidores em todo o país. Isso tudo para sucatear e privatizar a Dataprev, que processa o pagamento mensal de cerca de 35 milhões de benefícios previdenciários. A instituição possui bens indisponíveis e indispensáveis ao país, que é o cadastro de todo o seu povo. Entregar esses dados nas mãos de empresas privadas, para fazer o que bem entenderem, é um crime contra o Brasil”, disse o parlamentar. Jeová, inclusive, no início de janeiro, ingressou com duas representações; uma delas, endereçada ao Procurador-Chefe da República, na Paraíba, e outra, ao Procurador-Chefe do Trabalho, para que os órgãos intervenham judicialmente para impedir o processo de privatização da Dataprev.
Na Paraíba, existem 200 servidores públicos federais na Dataprev, e eles seguem uma orientação nacional pela greve, bem como denunciam o fechamento de 20 unidades do órgão em todo o país. A Dataprev fornece soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação e responde pela gestão de dados da Previdência, do INSS e outros programas que são desenvolvidos para a execução de políticas sociais do Estado Brasileiro. “A greve é legítima e oportuna. Não vamos entregar tudo isso facilmente. É uma questão de soberania nacional”, concluiu Jeová, apoiando o movimento grevista dos profissionais da Dataprev.
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