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"É uma lógica absurda deste governo entreguista querer privatizar a Transposição e tornar a água mais cara para os mais carentes", diz Jeová

 


 

 

Defensor do projeto de Transposição, por entender que a interligação das águas do Velho Chico aos rios dos quatro estados do Nordeste beneficiados com a transposição é a redenção da região, o deputado estadual paraibano Jeová Campos ficou perplexo e indignado quando leu publicações que apontam que o Governo Federal planeja fazer o leilão de concessão da Transposição à iniciativa privada. “Essa é uma lógica absurda, inaceitável, que entrega à iniciativa privada e ao capital especulativo algo tão importante como a água da Transposição. Isso vai tornar a água, que seria a redenção dos mais pobres e garantia de uma agricultura sustentável, um bem extremamente caro e para poucos. Vai entregar de bandeja uma obra grandiosa, realizada com recursos nacionais, de mãos beijadas, tudo em nome do lucro para alguns, em detrimento do povo nordestino”, afirmou Jeová.


O parlamentar se refere às notícias veiculadas na imprensa nacional que dão conta de que o governo pretende fazer um leilão de concessão em julho do próximo ano. Para tanto, o governo já faz sondagens com investidores para operarem o sistema que é considerado de alta complexidade. A proposta é que a empresa vencedora do leilão cuide das operações dos reservatórios, estações de bombeamento e dos 477 Km de canais que atravessam os estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. “O governo justifica a privatização pelo alto custo de manutenção do sistema, mas ignora que foram investidos mais de R$ 10 bilhões na obra que hoje está 97% concluída e que entregar essa gestão para a iniciativa privada é dar de presente ao capital especulativo algo muito precioso e fundamental que é a gestão das águas”, argumenta Jeová.


O deputado lembra que no caso específico das obras da Transposição, a privatização da gestão das águas ainda vai, inevitavelmente, resultar no aumento das tarifas aos consumidores. “Sendo administrado pelo Estado, as recargas de água em açudes de vários estados não incorreram em cobranças adicionais, mas com a iniciativa privada esse custo será repassado aos consumidores, além do que o preço final do produto também subirá consideravelmente”, afirma Jeová. Ele lembra ainda que o custo operacional anual do sistema gira em torno R$ 280 milhões, que hoje são custeados pelo Tesouro Nacional. “E quando forem custeados pela iniciativa privada, quanto vão cobrar dos consumidores?”, questiona o parlamentar paraibano.


Segundo divulgações na Imprensa, o estudo de modelagem do leilão está sendo elaborado pelo BNDES, cujos contratos de concessão devem durar de 25 a 30 anos e prevê ainda uma cobrança para cada estado beneficiado com as águas da Transposição equivalente ao volume que entrar no sistema de cada um deles. “Ora, além de elevar as tarifas, já que a empresa privada visa lucro, a empresa gestora da transposição ainda cobrará de cada Estado pela água utilizada. É um negócio e tanto. É dar de mão beijada à iniciativa privada e ao capital especulativo algo que é do povo. Isso é um absurdo e devemos lutar contra isso. Não bastou a privatização dos serviços de saneamento e da Eletrobrás (Chesf), dos Correios e Telégrafos, entre outros, e agora o (des)governo Bolsonaro vem com mais essa. Temos que  nos mobilizar urgentemente contra isso”, disse Jeová, que vai convocar a bancada federal paraibana e seus colegas parlamentares dos estados nordestinos beneficiados para formarem uma grande frente contra essa iniciativa.


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