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Jeová enaltece e homenageia a grandeza de um paraibano que ganhou o mundo: Jackson do Pandeiro


     

O centenário do “Rei do Ritmo”, como ficou conhecido o cantor e compositor paraibano, Jackson do Pandeiro, foi lembrado pela Assembleia Legislativa da Paraíba (UFPB), essa semana, durante uma sessão itinerante em Alagoa Grande, cidade natural do artista. Durante a sessão, o deputado Jeová Campos (PSB) fez uma linda homenagem ao paraibano ilustre e falou da trajetória de Jackson do Pandeiro, colocando-o como referência de um nordestino, que com seu talento “tomou o mundo” e encantou a todos, inclusive o grande Luiz Gonzaga.

Na oportunidade, foi descerrada uma placa da ALPB em homenagem a Jackson do Pandeiro, bem como também foi entregue a comenda especial Centenário Jackson do Pandeiro a algumas autoridades e convidados especiais. Uma versão reduzida do documentário “Sua Majestade, o Rei do Ritmo”, que conta a história do cantor e compositor paraibano Jackson do Pandeiro foi apresentada e, em seguida, diversos parlamentares tiveram a palavra.

“Convido minha comadre Sebastiana para dançar o xaxado na Paraíba. Ela veio com uma dança diferente e pulava que só uma guarida e gritava a, e i, o, u y”. Foi assim que o deputado Jeová Campos iniciou seu discurso, declamando a letra da mais famosa música de Jackson do Pandeiro. Em seguida, o parlamentar falou de sua satisfação em estar ali homenageando esse grande artista paraibano, da cidade de Alagoa Grande.

“Eu vim aqui hoje para saudar Jackson do Pandeiro, um nordestino de Alagoa Grande que, aos 8ª anos, já tocada zabumba, e era admirador do coco e dos festejos do repente. Logo, após, vai para Campina Grande. Logo depois, João Pessoa, mas João Pessoa ficou pequena para ele, que então foi para Recife. E Recife também ficou pequena e ai ele foi ganhar o mundo”, relatou Jeová, sobre a grandeza de Jackson, acrescentando que ele era um ser humano diferente, reflexo do homem nordestino que acredita e luta por seu sonho.

“Morre em Brasília e é sepultado no Rio de Janeiro. O que se pode dizer de uma pessoa do povo que consegue ser tão grande. Jackson do Pandeiro é, sem dúvida, o padroeiro de Alagoa Grande. Ele é diferente, é negritude de nosso país. Um negro que consegue fazer da cultura o esteio de sua vida. Que faz com que o país se renda e faça com que seu centenário não seja apenas uma referência de Alagoa Grande, mas uma referência que orgulha a todos aqueles que acreditam na libertação dos povos, na miscigenação das cores, na construção do poder que não seja pelo dinheiro, mas que acredita na arte como forma de libertação. Viva sua excelência, Jackson do Pandeiro. Viva os nordestinos, Gal, Gilberto Caetano, e tantos outros que tiveram a felicidade de gravar Jackson do Pandeiro. Por isso, que aqui nós temos que dançar o forro e o xaxado com a nossa Sebastiana”, encerrou Jeová, sendo bastante aplaudido pela população e colegas parlamentares.

Sobre o artista

Jackson nasceu em 31 de agosto de 1919, no Engenho Tanques, em Alagoa Grande, no brejo paraibano. Seu nome de batismo é José Gomes Filho. Ele era filho de uma cantadora de coco, Flora Mourão, que incentivou Jackson a gostar do ritmo do tocador de zabumba. Com a morte do pai, aos 8 anos, ele foi para Campina Grande com sua família a pé. Em Campina, ele trabalhou como engraxate, em padarias e teve outras funções. Na parte da noite, ele tocava no Cassino Eldorado, mas conviveu com artistas populares, como conquistas e violeiros. Muitos consideram Jackson como o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado, de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela nacionalização da música nascida no Nordeste brasileiro.

Uma coisa curiosa de sua história é que somente em 1953, com trinta e cinco anos, Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana". Logo depois, emplacou outro grande hit: "Forró em Limoeiro". Jackson do Pandeiro era diabético desde os anos 60 e morreu aos 62 anos, em 10 de julho de 1982, em Brasília, em decorrência de complicações de embolia pulmonar e cerebral. Foi enterrado em 11 de julho de 1982 no Cemitério do Cajú, na cidade do Rio de Janeiro.





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