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"Declarações de Moro aprofundam crise no governo e tem fato gerador de mais um pedido de impeachment", afirma deputado Jeová Campos

Deputado Jeová Campos lembra gravidade das declarações do ex-ministro Sérgio Moro


            “As declarações dadas hoje pelo agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, precisam ser levadas em consideração porque são muito sérias, pois cabe mais um pedido de impeachment de Bolsonaro. Mais grave que a mudança de um cargo de confiança de alto escalão são os fatores alegados pelo ex-ministro para essa mudança de que o presidente Bolsonaro quer que os órgãos de controle e investigação, como a Polícia Federal, fiquem subordinados aos interesses políticos e particulares dele. Esses órgãos devem estar blindados de interferências políticas e atuar sempre com autonomia e isenção, esse é um princípio imprescindível numa democracia”, disse o deputado estadual Jeová Campos, após o pronunciamento de entrega do cargo por Sérgio Moro, até então titular do Ministério da Justiça.
            Segundo o parlamentar, as afirmativas de Moro sobre a tentativa de aparelhamento político da Polícia Federal, tendo como principal base o ato de exoneração do delegado Valeixo, diretor geral da PF, constitui forte prova para um processo de impeachment. “As revelações de Moro foram gravíssimas e deixam o governo numa posição constrangedora e vulnerável, com um quadro institucional muito nebuloso e incerto”, reitera Jeová, que também é advogado. E ele lembra que Moro também desmentiu ter autorizado sua assinatura no ato de exoneração do delegado geral da PF, embora a assinatura dele conste no documento do DOU. “Isso é, no mínimo, surreal. Até o que consta no documento, que é ‘a pedido’, ele disse que também foi falso”, destaca Jeová.
            Para ele, não se pode esquecer o papel de juiz parcial de Moro no processo da Lava Jato e os erros e injustiças cometidos ao longo da operação, mas há de se reconhecer agora sua atitude de denunciar essa tentativa do presidente Bolsonaro querer interferir e manipular as investigações em curso ou as que poderiam ser desencadeadas, inclusive tendo acesso a informações sigilosas. “A escolha de pessoas para cargos relevantes na estrutura do Ministério da Justiça e da Polícia Federal deve ser impessoal, guiada por princípios republicanos e técnicos, e Moro disse, claramente, que o presidente estava ignorando tudo isso e deixou no ar que a intenção de interferir politicamente causaria sérios danos ao país. Aí, eu pergunto: quais danos? É preciso convocar Sérgio Moro para explicar melhor o que ele quis dizer”, reitera Jeová, lamentando que além dos desmandos do atual governo, em plena pandemia, o Brasil tenha que conviver com outra crise de proporções indefinidas. “O Brasil não merece esse desgoverno”, finaliza o deputado.

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