Em encontro histórico, ALPB promove sessão especial para celebrar os 50 anos do curso de Direito do CCJS, Campus Sousa, da UFCG.
Um oásis jurídico no sertão paraibano que formou grandes nomes e descortinou talentos nas mais variadas áreas de atuação do Direito. Essa frase resume a importância dos 50 anos do curso de Direito do Centro de Ciências Jurídicas e Sociais - CCJS, do Campus de Sousa, da UFCG, cuja história e trajetória foi lembrada nesta quarta-feira (12), durante sessão especial promovida pela Assembleia Legislativa da Paraíba. A propositura foi do deputado Jeová Campos, ex-aluno e professor licenciado do CCJS, que presidiu a sessão após abertura solene feita pelo presidente da ALPB, Deputado Adriano Galdino, e pelo deputado Júnior Araújo, também propositor da homenagem e que secretariou os trabalhos.
Fundado em 1º de Maio de 1971, o curso de Direito do CCJS, do Campus de Sousa, da UFCG, foi pioneiro em Direito no sertão da Paraíba e forma a cada semestre cerca de 50 alunos. Atualmente, segundo o diretor do Centro, Jardel de Freitas, o curso com centenas de alunos, conta com um rico acervo bibliográfico e desenvolve projetos de pesquisa em várias extensões, sendo considerado uma referência no estudo do Direito.
Coube ao Monsenhor Gervásio Queiroga, ex-aluno e professor fundador, resgatar a história do curso. Em sua fala, ele se lembrou de pessoas que foram muito importantes na fundação e consolidação do curso, a exemplo dos professores Joaquim Alencar, Sabino Ramalho e Doca Benevides Gadelha. Destacou, ainda, funcionários e alunos, nominando alguns deles, a exemplo do deputado Jeová Campos que, segundo ele, era um aluno exemplar, não apenas pela atenção com os professores e nas aulas, mas, sobretudo, pelas questões jurídicas e filosóficas que ele levantava. O professor aposentado lembrou de algumas situações que lhe deram alegria ao longo dos 21 anos em que ele passou pelo Centro, espaço pelo qual tem enorme gratidão e admiração.
O vice-presidente da OAB-PB, João de Deus Quirino Filho, que é professor e ex-aluno do Campus, falou de sua satisfação em ter se formado em Sousa e destacou a excelência da formação profissional que o Campus de Sousa sempre ofertou aos seus alunos, destacando-se no ensino do Direito, em suas variadas áreas. A desembargadora pelo estado do Maranhão e ex-aluna do curso, Francisca Gualberto de Galiza, inclusive a primeira profissional oriunda do Campus de Sousa a ingressar na magistratura neste cargo, falou de sua alegria em participar da sessão e das gratas lembranças que ela tem da época em que estudou em Sousa, destacando como fundamental para ela a formação acadêmica recebida naquela instituição.
Radamés Estrela, presidente da Câmara Municipal de Sousa, enalteceu os diferenciais do curso de Direito do CCJS e sugeriu, inclusive, que todos lutassem pela implantação de um curso similar na cidade de Cajazeiras. O juiz, Edvan Rodrigues enalteceu a importância da sessão e falou de sua felicidade em poder participar da sessão e de rever ex-alunos e professores que contribuíram para o engrandecimento do curso e de sua própria formação. Ele lembrou ainda que o curso é de bacharelado, mas estimulou muitos alunos a seguirem a docência e destacou a necessidade da expansão de novos cursos para o Campus de Sousa.
O advogado Johnson Abrantes fez uma referência especial ao decano Pe. Gervásio, lembrou nomes de vários professores e que foi o terceiro diretor da Faculdade de Direito, permanecendo no cargo por dois anos, quando o curso ainda era coordenado pela Fundação Padre Ibiapina, lembrando que a primeira biblioteca da Faculdade foi em sua gestão, assim como a compra de um terreno para construção do prédio futuro onde funcionaria o curso, mas destacou que a busca do reconhecimento do curso pelo MEC foi a sua principal bandeira de luta enquanto diretor, o que aconteceu em 1977.
O professor Idemário Tavares também falou na sessão e enalteceu a importância do curso e parabenizou a ALPB pela iniciativa de comemorar esse meio século de atividades do curso. O professor Joaquim Alencar, ex-aluno fundador do curso, lembrou da idealização dos cursos para o sertão paraibano, especialmente para as cidades de Cajazeiras, Patos, e destacando o de Direito, em Sousa, enaltecendo os professores Gervásio Queiroga e Jonas Gadelha como grandes nomes da docência, com os quais teve um aprendizado memorável e a direção de Inaldo Leitão, quando segundo ele, houve grandes avanços. O professor dividiu os cinquenta anos do curso em quatro fases, sendo a penúltima delas quando a Faculdade foi incorporada a UFCG e, por fim, a última e atual que é a solicitação da implantação de novos cursos no Campus.
A ex-aluna e cientista social, Maria Luiza Alencar falou da emoção de ter estudado em Sousa, lembrou que está escrevendo um livro sobre o seu despertar para as ciências jurídicas iniciada no curso de Direito, nos anos 80, e que se emocionou muito ao recordar e homenagear a Faculdade onde se formou, enaltecendo a qualificação do corpo docente do curso, com a destacada reforma curricular que incluiu disciplinas de ciências sociais e humanas. Por fim, ela sugeriu a criação de um programa de mestrado para o Campus. O deputado Lindolfo Pires também se pronunciou parabenizando os 50 anos do curso de Direito, lembrando que agora é hora de pensar nos desafios dos próximos 50 anos.
A ex-aluna e Defensora Pública, Madalena Abrantes, falou de sua emoção ao rever a história da Faculdade e da importância da disponibilidade de um curso tão bom no interior da Paraíba, desejando que os próximos 50 anos sejam ainda mais profícuos. O reitor Thompson Mariz foi o penúltimo a falar durante a sessão, parabenizou a ALPB por reverenciar essa grande história do curso de Direito do Campus de Sousa. Lembrou do Pe. Martins Salgado, recentemente falecido, e falou de sua visão como reitor, destacando a competência do diretor Joaquim Alencar. O reitor da UFCG, Antônio Fernandes foi o último participante a falar e destacou que o curso de Direito, desde o seu início, é sinônimo de excelência, e que haverá novos horizontes para o curso, que sempre teve uma postura visionária desde a sua fundação, lembrando que o brilhantismo do curso se deve à união de todos os profissionais que se envolveram e se envolvem para que os obstáculos sejam superados e novos horizontes sejam alcançados.
Os deputados Lindolfo Pires e Janduhy Carneiro ressaltaram o privilégio que todos os participantes da sessão tiveram em testemunhar o cinquentenário de criação do curso de Direito em Sousa, que foi criado em primeiro de maio de 1971. “Cinquenta anos se passaram e ainda tem muito a acontecer em termos de melhorias. Parabéns a todos que fazem parte desta instituição. Quero cumprimentar todos os atuais membros, que fazem parte da instituição, que é modelo de visão para Sousa, para a Paraíba e para o Brasil”, disse Lindolfo.
"Eu estou muito feliz e emocionado com a realização desta sessão pela profundidade, conteúdo e importância dos depoimentos e serei eternamente grato por todas as experiências vivenciadas durante minha formação de Direito no Campus de Sousa e, posteriormente, como professor da disciplina de ‘Introdução ao Estudo do Direito’, não apenas pelos ensinamentos profissionais, mas, sobretudo, pela formação de cidadania e espírito público pelo compartilhamento do saber”, disse o deputado estadual Jeová Campos, agradecendo a participação de todos que participaram da sessão, lembrando que o Pe. Gervásio receberá a medalha Pe. Rolim, ainda este ano, em solenidade a ser marcada oportunamente.
Jeová sugeriu ainda que cada um dos que participou da sessão especial fizesse um relato pessoal de sua relação e experiências com o Curso para que esse material seja compilado numa publicação para resgatar a memória da instituição e servir de registro para as novas e futuras gerações. O deputado Júnior Araújo sugeriu que, quando passar a pandemia, seja feita uma sessão presencial com todos que tenham ligação com o curso.
Parabéns pela iniciativa Jeová Campos
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