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'Quanto mais a equipe de transição de Lula avança no diagnóstico do Brasil, mais escândalos aparecem', afirma deputado Jeová Campos



Até o ano de 2015, o Brasil mantinha cobertura vacinal para todas as vacinas inseridas no calendário nacional de imunização, com imunização superior a 95%, com exceção da vacina contra a Febre Amarela, por questões de novas estratégicas de expansão, mas todas as demais vacinas estavam dentro da meta. De lá para cá, as coberturas foram caindo, de tal forma, que hoje o país está em uma situação de absoluta insegurança. E esse diagnóstico, recentemente divulgado pela equipe de transição do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva, é confirmado por gestores municipais, estaduais, por especialistas e não se trata de dizer que o Brasil está com potencial risco, essa situação é concreta. “Quando mais a equipe avança nos dados, mais estarrecedor se evidencia o desmando do atual governo federal, com reflexos nefastos, principalmente, na saúde e educação”, reforça o deputado estadual paraibano, Jeová Campos (PT).

O deputado lembra ainda que a equipe de transição também identificou que todas as vacinas obrigatórias para crianças com menos de um ano estão com cobertura inadequada, sem exceção. “O Brasil perdeu a capacidade de fazer o que sempre foi feito, numa construção de 50 anos de história. O PNI vai completar 50 anos em 2023, ele é anterior ao SUS. Então de 2015 para cá, em poucos anos, o atual governo conseguiu praticamente destruir um esforço de quatro décadas e meia de construção de um Programa que se transformou num modelo internacional”, disse o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, que coordena o grupo de Saúde da equipe de transição de Lula, durante uma coletiva na última sexta-feira.

Ainda segundo Chioro, a total falta de planejamento de ações para 2023 também chamou atenção da equipe do presidente eleito. “Para se ter ideia da gravidade desta situação, basta lembra que o Instituto Butantã fornece oito das vacinas que compõem o calendário nacional de imunização do Brasil e nenhuma delas, até o final de novembro, recebeu programação para o calendário 2023”, lembra ele, destacando que em se tratando de vacina, precisa ser dito que não se trata de um produto que se vai simplesmente numa máquina, aperta o botão e há uma pronta entrega do produto. “É preciso planejamento e programação desde a produção, distribuição e imunização”, reiterou Chioro.

O deputado paraibano, que foi um dos coordenadores da campanha de Lula no estado, lembra ainda que as informações básicas de estoques de medicamentos, vacinas e outros dados não estão sendo repassadas pelo Ministério da Saúde. “Para que a equipe técnica do novo governo possa fazer um bom planejamento, principalmente, para os primeiros 120 dias de gestão, seria fundamental que as informações chegassem, mas, infelizmente, não é isso que está ocorrendo. Bolsonaro, definitivamente, comprometeu a saúde do país de forma muito cruel”, finalizou Jeová.




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