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Jeová Campos propõe que ALPB realize uma audiência pública para debater cronograma de obras da transposição no novo governo

Preocupado com um possível comprometimento do cronograma das obras do projeto de transposição do Rio São Francisco, que está com quase 90% das ações concluídas na Paraíba, o deputado e presidente da Frente Parlamentar da Água na ALPB, Jeová Campos propôs hoje (17) a mesa diretora da Casa a realização de uma audiência pública. A proposta tem o objetivo de tomar conhecimento e debater com o novo ministro da Integração e sua equipe técnica, de que forma eles pretendem conduzir as obras daqui em diante. A deia é realizar a audiência ainda este semestre.
Além do ministro e de sua equipe, serão convidados para participar dos debates os deputados e senadores que compõem a bancada federal da Paraíba, representantes do Insa, da AESA, Cagepa, secretaria de Recursos Hídricos e deputados do Nordeste, especialmente, os dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará que serão beneficiados diretamente com as obras da transposição.
“Precisamos conhecer, de fato, qual é a proposta do novo ministro, que não é do Nordeste, mas do Pará, tem para as obras da transposição”, argumenta Jeová. O parlamentar lembrou que os deputados de Camina Grande, por exemplo, sabem da angustia que o povo de lá passa por causa da questão da água. “Se Campina não receber as águas da transposição até fevereiro do ano que vem, vai entrar em colapso total” disse Jeová.
O deputado questionou ainda como os parlamentares do NE, que foram tão benevolentes com o afastamento da presidente Dilma, não indicaram o ministro da integração. “Qual o sentido de nomear um ministro do Pará, que não tem relação com a região que mais necessita da conclusão das obras da transposição, responder por uma pasta tão importante neste aspecto. Onde estão as bancadas do Nordeste?”, questionou o parlamentar, lembrando que o estado de origem do atual ministro da integração é o Pará,  onde há maior concentração de águas doces e na região Norte. Por que nomear um ministro que não é nordestino, que não é da área da seca? Isso me dá muitas razões para desconfiar que ele não vai cumprir o cronograma das obras da transposição”, afirmou Jeová.
O deputado lembrou ainda que o açude de Engenheiro Ávidos está seco, assim como o de Coremas e também o açude Epitácio Pessoa. “Diante deste quadro, eu pergunto: nós temos condições de esperar mais dois anos para receber as águas da transposição?”.
Segundo Jeová, esse debate pode parecer repetitivo, mas não é. “Ele é urgente pois não podemos esperar os açudes secarem para debater essa questão da água. Se não tivermos chuvas para elevar o nível dos reservatórios, e eles estão críticos, o que vamos fazer se a transposição não for concluída. Nós precisamos fazer pressão política, porque senão os açudes vão secar e vamos buscar água onde”, alerta o parlamentar.
Jeová finalizou seu discurso, no pequeno expediente desta terça-feira (17), perguntando como devem estar se sentindo os senadores e deputados federais nordestinos, especialmente, os da Paraíba, que tanta relevância tiveram no processo do golpe, mas que não tiveram a capacidade de indicar um ministro da região para responder pela pasta da Integração.


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