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O afastamento de Dilma se configura como um dos dias mais tristes do país e numa injustiça jurídica sem precedentes

“A Câmara e hoje (11) o Senado estão cassando uma presidente que não cometeu improbidade, não responde por crime de responsabilidade e nem mesmo por deslizes contábeis, já que suas contas, no atual mandato, nem sequer foram julgadas ainda. Esse golpe parlamentar, orquestrado pelo ódio, vingança e pelo revanchismo, vai ser lembrado como um dos dias mais sombrios e tristes da história contemporânea deste país e se constitui uma aberração jurídica sem precedentes”, afirma o deputado estadual Jeová Campos (PSB) que acompanha desde o início a votação da matéria no Senado, pela TV Senado.

Ainda segundo o parlamentar, esse golpe contra Dilma foi construído com sofisticação, revestido de legalidade, de constitucionalidade, num agônico rito e, infelizmente, legitimado pelo STF que deixou Eduardo Cunha articular a cassação da presidenta, presidir a sessão que votou seu afastamento e encerrar o processo na Câmara para somente depois ser afastado, quando não mais servia ao golpe. “O STF foi, no mínimo, conivente com esse golpe”, atesta Jeová.

“O caso das pedaladas e dos decretos que embasam o pedido de impeachment serve mais ou menos como um pretexto, pois os defensores do golpe sustentam que a presidente editou seis decretos, abrindo créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional em R$ 96 bilhões. Ora, o próprio relatório de Antonio Anastasia, aprovado na comissão do impeachment, calcula em no máximo R$ 1,8 bilhão o impacto dos decretos. Ou seja, por mais errado que tenha sido emitir os tais decretos, no fundo pouca gente está ligando para tais detalhes. Tira-se Dilma porque se quer tirar, e se não for por esse motivo, arranjariam outro”, destaca o deputado.

“Os defensores do golpe argumentam que a saída de Dilma e a entrada de Michel Temer em seu lugar vai reorganizar o país, vai fazer a economia melhorar, etc, mas o que dizer de um pretenso e propalado ministério Temer que tem 14 nomes, dos quais sete deles estão envolvidos comprovadamente em corrupção. Quem apoiar esse golpe vai prestar contas no futuro porque a história não perdoará os golpistas”, finaliza Jeová.


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