O Congresso atual não tem legitimidade para fazer nenhuma reforma importante no país afirma deputado Jeová Campos
“Um Congresso que foi constituído na base da corrupção, com o dinheiro sujo de Eduardo Cunha, que deu um golpe na democracia retirando uma presidente eleita pelo povo e sem comprovação de crime. Esse Congresso, que não tem legitimidade para fazer nenhuma reforma importante, salvo raras exceções de parlamentares que dignificam o mandato, deu um golpe mortal nos trabalhadores brasileiros e nas relações de trabalho instituídas com a CLT”, afirmou hoje (12), o deputado estadual Jeová Campos (PSB).
Na opinião do parlamentar, essa proposta de reforma trabalhista é um engodo. “O menor índice de desemprego que tivemos no Brasil foi no governo Lula e a Lei que regia as relações de trabalho eras as mesmas de hoje. Dizer que essa reforma vai gerar emprego é botar papa na boca de gato. Ela precariza o mercado de trabalho e nós não podemos aceitar isso”, disse Jeová.
Num momento de crise e desemprego, segundo o deputado, mais do que nunca a relação de trabalho, a relação de emprego teria que ser protegida e não completamente desprotegida. “O empregador, com essa reforma, passa a ter o direito de agir como ele quiser. A CLT está sendo, literalmente, desconstruída, uma Lei que vem desde a era Vargas para proteger a relação de emprego e em pleno desemprego você precisava, mais do que nunca, proteger a relação de emprego, as relações de trabalho, especialmente, as relações de emprego que pressupõem a continuidade da prestação do trabalho”, destaca Jeová.
Ele lembra que a subordinação ao empregador e a retribuição que é o salário, com a reforma fica frágil. “Como é que vai ficar agora o trabalhador sendo apenas subordinado, porque o que passa prevalecer é a vontade do empregador, e não mais a vontade das categorias, dos acordos coletivos. Isso é uma violência nessa conjuntura e posso dizer é uma pena que esse Congresso esteja completamente virado com as costas para o povo”, reiterou o deputado, lembrando que quem votou favorável a reforma terá seu nome refutado nas urnas. “Eu não votarei nunca num golpista deste e minha voz brandará para lembrar o que eles fizeram contra os trabalhadores, os mais humildes deste país”.
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