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Religioso que fez história na Educação em Cajazeiras, Monsenhor Gualberto é homenageado, in memoriam, em sessão especial da ALPB

“Fazer o bem e ajudar ao próximo não é utopia”. Foi com essa frase que o Superintendente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PB), Isaías Gualberto, agradeceu a homenagem de diversas instituições ao centenário natalício de seu tio, o Monsenhor Luiz Gualberto de Andrade, na tarde desta quinta-feira (14), no auditório do Colégio Diocesano de Cajazeiras. Isaías recebeu uma placa de agradecimento pelo legado do ilustre religioso sertanejo das mãos do deputado estadual Jeová Campos, que presidiu uma sessão especial conjunta da Assembleia Legislativa da Paraíba, Câmara Municipal de Cajazeiras e Academia Cajazeirense de Artes e Letras (ACAL) em homenagem ao Monsenhor. A sessão foi uma propositura da deputada Dra. Paula, que não pôde comparecer ao evento e pediu a Jeová que a substituísse na condução dos trabalhos. E para tanto, Jeová, que estava em Brasília, chegou na madrugada desta quinta-feira para cumprir essa missão. “Estou aqui com muita alegria e satisfação. Homenagear Monsenhor Gualberto muito me emociona porque sei do valor que tem a educação na vida de qualquer cidadão”, disse o parlamentar.

 

O evento contou com a participação de políticos, religiosos e pessoas ligadas ao setor da Educação, como o Reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Antônio Fernandes Filho. Durante a sessão, foi comum os convidados compartilharem histórias sobre Luiz Gualberto, principalmente, em relação à Educação, segmento em que o religioso se imortalizou por ajudar  estimular muitos sertanejos a terminarem seus estudos. O padre Francivaldo do Nascimento, presidente da Comissão do Centenário do Monsenhor Luiz Gualberto de Andrade, relembrou, inclusive, fatos que marcaram a história do pároco Gualberto em sua missão como educador.

 

“Tudo o que fizemos aqui é pouco perto do que ele fez. Gualberto foi a pessoa que mais deu oportunidade às pessoas para estudar por aqui. Teve época que suas turmas eram formadas por quase sessenta por cento de bolsistas e para ele pagar a folha de funcionários ele teve que vender seu fusca”, disse o padre Francivaldo, destacando que Cajazeiras e muitas cidades sertanejas deveriam saber celebrar seus filhos com orgulho, ainda mais como quando se trata  de pessoa como Luiz Gualberto, alguém que para todos ali presentes seguiu sua trajetória dando continuidade ao trabalho iniciado pelo fundador da cidade de Cajazeiras, o Padre Inácio de Sousa Rolim.

 

Ao receber a homenagem, o sobrinho do Monsenhor Gualberto, Isaías Gualberto citou o evangelho de Lucas sobre a cura dos dez leprosos. “É com grande satisfação que recebo essa honraria e lembro aqui do evangelho de Lucas sobre gratidão. No evangelho, que trata da cura dos leprosos e que dos dez, apenas um estrangeiro, voltou para agradecer. Cajazeiras é essa que volta e agradece ao benfeitor, um abnegado, na verdade, que nunca mediu esforços para ajudar a quem precisasse seja fisicamente ou financeiramente”, destacou o sobrinho.

 

Para encerrar a solenidade, Jeová Campos frisou que aquele era um momento em que a esperança se renovava, tendo em vista a história de um homem como o Monsenhor Gualberto que se imortalizou pelos seus feitos em ajudar pessoas a concluírem seus estudos. “Quero expressar aqui minha esperança num mundo em que o dinheiro não marque a vida das pessoas. Isso que vimos aqui demonstra que é possível. Vender um fusca para pagar os funcionários! Isso sim torna um homem imortal”, destacou o parlamentar, frisando que esse legado deve ser passado à frente.

 

“Gualberto não morrerá. Quando eu chamei aqui Isaías e disse que era Gualberto entrando, eu disse isso porque ele está aqui. E ele não morrerá porque estaremos sempre lembrando seu nome e seu legado”, continuou Jeová, encerrando a sessão com um convite a todos para uma sessão especial na ALPB, no final de novembro, para a outorga de Medalha ao Monsenhor Gualberto. O prefeito de Cajazeiras, José Aldemir, também deu um testemunho de quanto o Monsenhor Gualberto marcou a sua vida e contou casos acontecidos que, segundo ele, o estimularam a seguir em frente nos estudos, o que culminou com sua formatura em Medicina e em todas as suas conquistas, graças aos seus estudos.

 

Medalha Padre Inácio de Sousa Rolim

 

“Minha maior ação na Assembleia não foi de pedra e cal e nem relativa às obras de transposição do São Francisco, mas a constituição da Medalha Padre Inácio de Sousa Rolim na Assembleia. Final de novembro Padre Inácio Rolim se corporifica em instituição para homenagear esse grande educador e religioso que foi o Monsenhor Gualberto”, finalizou Jeová Campos.

 




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