Pular para o conteúdo principal

Deputado Jeová Campos avalia o atual momento político do Brasil como muito grave, mas diz que tem esperança de dias melhores


“O Brasil não pode ser exemplo de retrocesso, da cultura da violência,do desrespeito às instituições, que prega o congelamento do salário mínimo, que prega a violência contra as mulheres, os negros. O atual momento é grave, mas tenho a esperança e não é apenas uma ilusão, mas, vem do verbo esperançar do saudoso Paulo Freyre que diz que é preciso que a gente creia e eu acredito iremos derrotar esse conglomerado de informações e atos equivocados deste momento do Brasil”, disse hoje (23), o deputado estadual Jeová Campos (PT), durante entrevista a uma emissora de rádio paraibana.

O parlamentar, que não tentou a reeleição, apoiou Chico Mendes, o deputado mais votado do PSB, e foi candidato a primeiro suplente na chapa de Ricardo Coutinho ao Senado, externou sua sofreguidão com o atual cenário político do país. “Eu não posso deixar de ficar triste de ver um país que lutou pela democracia e que sempre viveu eleições acirradas, mas, com respeito mútuo, vivenciar esse atual cenário. Não se via um candidato chamando outro de ladrão, havia respeito, Essa cultura da eliminação do outro, nos coloca medo e me faz mal”, disse Jeová.

O parlamentar criticou o ‘pacote de bondades’ de Bolsonaro às vésperas da eleição. “Eu não posso aceitar a omissão de um presidente durante um fato tão grave que foi a pandemia, quando ele contrariou todas as regras da Organização Mundial de Saúde, que desdenhou das pessoas morrendo por falta de ar, que disse que não era coveiro e que quem quisesse vacina pedisse a mãe para comprar. Eu não posso entender como quem agiu desta forma, de uma hora para outra, manda dinheiro para caminhoneiro, para taxista, para o Auxílio Brasil num volume estratosférico de recursos públicos com fins puramente eleitoreiros. Isso é para enganar as pessoas, mas, os vulneráveis têm memória e saberão fazer bom uso deste dinheiro e votar em Lula”, afirmou Jeová, lembrando que nenhum presidente na história do Brasil tirou 100 milhões de precatórios para o orçamento secreto para comprar uma eleição.

Sobre o episódio do ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de primeira linha de Bolsonaro e que atirou em policiais federais que foram cumprir um mandato de prisão neste domingo, Jeová foi enfático: “Não adianta Bolsonaro negar a relação estreita com Roberto Jefferson, um aliado de primeira linha de Bolsonaro nesta cultura de ódio, fake news e truculência. Eles são tão cúmplices que quando Jefferson não pôde ser candidato, colocou aquele falso padre no lugar dele só para poder fazer dobradinha com o atual presidente. Toda essa política de ódio e truculência terá um fim e esse fim vai começar no dia 30, quando o povo eleger Lula. Ganharemos no voto popular, com a força do povo”, reforçou Jeová.

No final da entrevista, o parlamentar fez um apelo aos eleitores, especialmente, àqueles que não são obrigados a votar. “Domingo a votação será curta, só há dois nomes, então não vai haver filas, nem demora como foi no primeiro turno. Então, eu convoco os jovens que não são obrigados a votar e os idosos para que eles não deixem de votar. O país precisa deste esforço para suplantar esse momento triste e cada voto importa na atual conjuntura”, finalizou Jeová que segue para Cajazeiras, onde vai passar os últimos dias desta campanha.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A influência de Tia Nem na vida do menino pobre do campo que virou advogado, professor universitário e deputado estadual da Paraíba

            A frase do filósofo prussiano   Immanuel Kant,  ‘ O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele’,  se encaixa perfeitamente na trajetória de vida do deputado estadual Jeová Campos. Filho de agricultores, até os dez anos de idade Jeová morava no Sítio Poço Vermelho, no município de São José de Piranhas, no alto sertão paraibano. Os horizontes eram curtos, embora a inteligência e vontade de crescer daquele menino da roça fosse muito além das porteiras do local. Neste contexto, em 1975, eis que alguém faria a diferença na vida dele, levando-o para estudar na cidade de Cajazeiras. Essa pessoa foi a tia materna, Francisca Vieira de Oliveira, carinhosamente chamada de Tia Nem.             “A ida para Cajazeiras mudou minha história e trajetória, pois a Educação ampliou meus horizontes e as possibilidades de uma vida...

ALPB limpa pauta antes de entrar em recesso mas ainda tem eventos externos nesta quarta-feira

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) entrará em recesso a partir desta quarta-feira (20) e só deve voltar às suas atividades regimentais no dia 1º de agosto. Para isso, os deputados da Casa de Epitácio Pessoa fizeram um esforço concentrado e “limparam” a pauta nesta terça-feira (18). No entanto, amanhã (19), o parlamento paraibano ainda realizará três eventos externos, dentre eles, a solenidade de entrega de um documento com sugestões de políticas públicas para a agricultura familiar no Estado que será entregue ao governador João Azevedo, às 10h, no Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa.  O deputado estadual Jeová Campos (PSB), que é presidente da Frente Parlamentar da Água e Agricultura Familiar da ALPB, lembrou na sessão desta terça-feira (18), a importância do documento, que foi elaborado de forma conjunta pela Frente Parlamentar e a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido. As sugestões foram...

Deputado Jeová Campos entra de licença médica e Trocolli Jr. assume mandato na ALPB

     Depois de vencer uma dengue hemorrágica, em 2008, fazer uma cirurgia delicada em 2015, superar um câncer na laringe, em 2018, e uma hemorragia digestiva, em 2020, o deputado estadual Jeová Campos vai precisar tirar uma licença médica para fazer uma minuciosa reavaliação da ‘ Enteroplastia Proporcional e Valvulada’ , cirurgia feita em Recife, pelo médico Luiz Gonzaga, há seis anos. Nos últimos tempos, o deputado tem sentido um desconforto abdominal que precisa ser investigado com mais detalhamento e aprofundamento. Para tanto, o parlamentar protocolou nesta sexta-feira (23), seu pedido de licença médica. O suplente dele, Trocolli Júnior (Podemos) assumirá o mandato durante a licença de Jeová que, inicialmente, será de 30 dias.      “Em entendimento com meu médico, o Dr. Luiz Gonzaga, ele me orientou a tirar a licença para fazer a reavaliação e os exames de forma contínua, sem prejuízo de tempo, o que eu não conseguiria se continuasse exercendo as minhas...