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Deputado Jeová critica postura de adversários e lamenta campanha covarde e mentirosa contra Ricardo Coutinho



Qual o modelo de sociedade que queremos para o país? Foi com essa frase que o deputado estadual Jeová Campos (PT) iniciou seu discurso durante a sessão ordinária da ALPB, desta terça-feira (11). O parlamentar, que foi primeiro suplente na chapa de senador de Ricardo Coutinho, fez um duro discurso na tribuna da Casa repudiando a forma desonesta de como os adversários do ex-governador conduziram a campanha nesta eleição, numa clara alusão à postura adotada, principalmente, pelas candidaturas de Pollyanna Dutra e Efraim Morais.

O deputado, que também é advogado e professor de direito, lembrou que o processo de código civil faculta o direto a qualquer cidadão de contestar uma decisão judicial. “Esse é um direito subjetivo de qualquer pessoa, mas, nestas eleições o que se viu aqui na Paraíba, foi a tentativa covarde, mentirosa e rasteira de se retirar de Ricardo esse direito”, disse Jeová.

Em seu discurso, ele lembrou que nas eleições de 2010, Cássio Cunha Lima disputou sub judice, através de um recurso, e ninguém da Imprensa da Paraíba, nem de seus oponentes, alegaram que esse seria um voto perdido, nem ninguém ousou dizer que aquele voto não valeria. Da mesma forma, em 2014, quando Lucélio Cartaxo foi candidato a senador, também com um recurso, ninguém questionou se o voto seria válido. “Todos esses candidatos tiveram o sagrado direito de concorrer às eleições através do voto direto sem discursos mentirosos e falaciosos. Mas, agiram diferente com Ricardo Coutinho nas eleições deste ano”, reiterou Jeová, lembrando que a situação era a mesma e que até uma decisão final, o recurso estaria valendo.

“Mas, nesta eleição, se fez uma campanha vil, pequena, covarde, desonesta. Se dizia que votar em Ricardo era perder o voto, era anular o voto. E, infelizmente, além dos adversários de Ricardo, essa campanha mentirosa foi abraçada por boa parte da Imprensa paraibana”, afirmou Jeová. Ele lembrou ainda que sua fala não era um desabafo, mas, sobretudo, um chamamento para uma reflexão. “As pessoas podem ou não gostar de Ricardo, isso é uma decisão individual, mas, ninguém tinha o direito de ser mentiroso, desonesto, como fizeram nestas eleições os grandes meios de comunicação e alguns adversários. Não posso me calar diante de tudo isso”, afirmou o parlamentar.

No entendimento do deputado e advogado, a Adin que tramita no Supremo Tribunal Federal haverá de reconhecer que a data limite para casos semelhantes ao caso de Ricardo Coutinho é a data de diplomação e não o dia da eleição. “Lamentavelmente, aqui na Paraíba o sentimento de ódio, de vingança e de rancor se transformou numa campanha sórdida e de perseguição a uma candidatura legítima, que tinha base política e apoio popular. Posso dizer aqui que me honrou muito e fiquei muito feliz de caminhar com Ricardo e o segundo suplente, Alexandre Santiago, e que se não fosse essa campanha sórdida, teríamos sido vitoriosos e a Paraíba ganharia muito com isso”, destacou Jeová.

O parlamentou encerrou seu discurso com outro questionamento. “Que modelo de sociedade nós estamos defendendo? Volto a reiterar que o recurso é um direito de todos os cidadãos. Foi uma sacanagem o que fizeram com Ricardo. Eu que estou me despedindo desta Casa, saio de cabeça erguida e deixo aqui meu testemunho em favor da democracia, o respeito às regras, ao devido código do processo civil. O que fizeram contra Ricardo foi uma campanha orquestrada, difamatória e antidemocrática. Fica aqui registrado o meu repúdio a essa vergonha. Fica aqui registrado meu protesto contra essa ação e espero que nunca mais se repita na história política da Paraíba uma campanha tão nefasta e tão baixa como essa”, finalizou Jeová.




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