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Falta investimento para que arranjos produtivos de confecção do sertão e do alumínio de Triunfo se desenvolvam e passem a produzir suas próprias mercadorias

Há mão de obra, vocação e conhecimento do negócio, potencial de mercado, mas falta investimento para que os arranjos produtivos de confecção, em Cajazeiras, e de alumínio, de Triunfo, possam se desenvolver e deixarem de ser coadjuvantes de um processo, para tornarem-se agentes de desenvolvimento, geração de emprego e renda. Isto porque, atualmente, cerca de 10 mil pessoas revendem confecção no sertão paraibano, cujos produtos são comprados em Pernambuco. O mesmo acontece em Triunfo, cuja produção de panelas e outros produtos vem quase na sua totalidade de São Paulo. Mas, essa realidade deve começar a mudar. E foi para debater caminhos que viabilizem essa mudança de cenário, que a ALPB, através da Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente, em parceria com o Empreender, realizou nesta sexta-feira (11), uma audiência pública, na Câmara Municipal de Cajazeiras.

O deputado estadual Jeová Campos e presidente da Comissão, o secretário do Empreender, Tibério Limeira, se juntaram a vereadores, lideranças empresariais e políticas da região, pequenos empreendedores e microempresários para debater caminhos e listar proposta que busquem viabilizar o apoio a esses arranjos produtivos. A prefeita de Cajazeiras, Denise Albuquerque também participou dos debates.

 “A principal indústria de Cajazeiras não é situada na cidade, nem na Paraíba. Nós temos hoje mais de 10 mil pessoas que vivem de revender confecções compradas em Pernambuco, nas cidades de Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. Essa é a principal fonte de renda no alto sertão do estado. Se nós sabemos vender, onde vender, porque não produzirmos esses produtos”, destaca Jeová. Segundo o parlamentar, o mesmo ocorre em Triunfo, onde mais de 600 pessoas vendem panelas importadas do sul do país.

Um dos encaminhamentos da audiência é ver de que forma o Empreender pode ajudar os pequenos comerciantes a investirem nos seus negócios. Um estudo neste sentido será realizado. Buscar o financiamento de instituições que investem em arranjos produtivos, principalmente, em bancos que tenham linhas de crédito específicas para tal finalidade, também foi outra sugestão debatida durante a audiência, assim como a formação de cooperativas ou consórcios que viabilizem a formação de grupos de negócios com essa finalidade.

O deputado Jeová Campos lembrou que a formação da mão de obra para atuar no setor têxtil será assegurada com a implantação de cursos específicos destinados a designer de moda, operadores de máquinas, etc, que serão ofertados na futura escola técnica de Cajazeiras. “O secretário de Educação, Alessio Trindade, já nos garantiu essa grade curricular por entender que isso ajudará na implantação futura de um polo têxtil na nossa região”, argumenta Jeová.

“O investimento de unidades fabris em Cajazeiras, que aproveite os pequenos fabricantes de roupa que já atuam na região, é uma defesa desde meu primeiro mandato. É um projeto de desenvolvimento que possibilitará que esses pequenos fabricantes, possam dar passos mais largos e promissores, gerar novos postos de trabalho e movimentar a economia local e da Paraíba e ainda gerar impostos para o nosso Estado. Com isso, não precisaríamos mais importar mercadorias de Pernambuco”, destaca Jeová, lembrando que só existe uma forma de se combater pobreza que é gerando riqueza e só se gera riqueza pelo trabalho, pelo suor do rosto, ensinando as pessoas a terem uma profissão. “Foi uma audiência produtiva. Há consenso de que é preciso alavancar esses negócios e força de vontade dos agentes públicos de fazer acontecer. Vamos buscar os parceiros e os caminhos para concretizar esse sonho”, finaliza Jeová.








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