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Os trabalhadores rurais serão muito prejudicados caso a proposta da reforma previdenciária seja aprovada como está afirma Jeová

              “As mudanças propostas na reforma da previdência, pelo governo de Michel Temer, vai penalizar os brasileiros mais pobres, sacrificar as mulheres e prejudicar de uma maneira ainda mais cruel os trabalhadores rurais, antes isentos de contribuição, com a reforma vão ter que contribuir, além disso, com a ampliação do tempo de trabalho, que eleva a idade mínima para se aposentar para 65 anos, quem lida na roça, de sol a sol, levando chuva, acordando muito cedo, vai ter que se aposentar ainda mais velho”, alertou o deputado estadual Jeová Campos, durante debate sobre as mudanças na previdência, realizado na manhã desta sexta-feira (23), na sede do sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de São João do Rio do Peixe.
            O parlamentar, que é advogado por formação com especialidade em Direito Previdenciário, explicou que a reforma da maneira como ela está sendo proposta vai tirar ou reduzir  direito de milhões de trabalhadores. “Os trabalhadores rurais, que começam a pegar muito cedo na enxada para garantir seu sustento, além de ter que esperar mais tempo para pleitear a aposentadoria, com as mudanças, perderão a isenção do pagamento previdenciário e ainda terão que contribuir, no mínimo, por 25 anos, ou seja, o aumento da idade mínima para se aposentar vai prejudicar os trabalhadores que terão que ficar na ativa por mais tempo. Imagina a gente trazendo essa ampliação para a realidade de quem trabalha no campo, cujo desgaste físico ocorre com mais severidade. Isso é uma temeridade”, enfatizou o deputado, que foi aparteado em sua fala por agricultores e lideranças políticas da região, a exemplo do prefeito de São João do Rio do Peixe, Airton Pires, e dos presidentes dos sindicatos dos trabalhadores rurais de Uiraúna, Creuza Souza, e de Cajazeiras, Rildo Soares, além de vereadores.
            Outro retrocesso elencado pelo deputado na proposta de reforma da previdência é a redução do valor do amparo assistencial ao idoso que passa a ser desvinculado do salário mínimo para ser atrelado à inflação do período. De acordo com  Jeová, isso acarretará prejuízos aos idosos na medida em que terão redução em seus benefícios, perdendo, assim a possibilidade de terem um reajuste real com essa mudança na indexação. “Além disso, o idoso depois da reforma não mais poderá pleitear o amparo assistencial aos 65 anos, só a partir dos 70 anos”, lembra Jeová.
            “Essa reforma perversa, que penaliza quem mais precisa da aposentadoria, vai prejudicar milhões de brasileiros, justamente, os mais pobres e necessitados”, argumenta Jeová, lembrando que na prática o que vai acontecer é que o governo pretende destinar mais dinheiro para pagar a dívida e menos recursos para a área social. Segundo o deputado, só há uma forma desta proposta ser modificada que é a pressão popular. “É preciso que os sindicatos e entidades ligadas à Agricultura se unam, se mobilizem e façam pressão junto aos deputados federais e senadores para que não aprovem o texto. Não vejo outra saída para barrar essa crueldade que estão armando contra o trabalhador brasileiro”, finalizou Jeová.













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