Essa proposta da Reforma da Previdência é uma violência contra o conjunto da sociedade trabalhadora deste país afirma Jeová Campos
“Nós estamos diante de uma situação extremamente difícil. Eu não gosto de pessimismo, isso não faz parte de minha índole, mas, estamos diante de um processo muito violento de retirada de direitos, mas, ao invés de uma reação à altura desta proposta absurda, o que vejo hoje é um estado de letargia, de falta de reação e isso me incomoda. Essa proposta da Reforma da Previdência é uma violência contra o conjunto da sociedade trabalhadora deste país”. Essa fala do deputado estadual Jeová Campos foi feita nesta sexta-feira (03), durante o seminário ‘Em defesa da Educação Pública e da Democracia’, realizado em João Pessoa.
O parlamentar compôs uma das mesas redondas do evento, realizado no Centro de Formação de Educadores Professora Elisa Bezerra, em Mangabeira, cuja temática principal foi o ‘Reflexo da atual conjuntura político-econômica na Educação Brasileira’. Coube a Jeová dissertar sobre o subtema ‘A Reforma da Previdência e os impactos na vida dos trabalhadores’.
Em sua fala, ele destacou os perigos e absurdos do desmonte da seguridade social com essa proposta que tramita no Congresso Nacional. “Da forma como ela está posta, esse projeto só beneficia os banqueiros, que acham pouco 50% de toda a receita ser destinada para pagar juros e uma dívida que os trabalhadores não fizeram e ainda querem forçar os trabalhadores a fazerem uma previdência privada aumentando ainda mais seus lucros e capitais”, disse Jeová.
Na avaliação do deputado, o que mais lhe dói, além da retirada de direitos, é o desmonte irresponsável da previdência. “Essa proposta não deixa outra alternativa que não a migração para a previdência privada, que é aquele em que o cidadão poupa individualmente e não o conjunto da sociedade economicamente ativa. O que eles estão propondo é o desmonte da Constituição, a retirada de direitos, ela acaba com a aposentadoria especial de professores também, aumenta o tempo de contribuição, reduz os valores a serem pagos”, reiterou Jeová.
O parlamentar disse defender uma reforma, mas, uma mudança que crie novas fontes de receita, a partir da tributação de grandes fortunas, da contribuição sobre o lucro líquido dos bancos, que possibilite o aumento da pena por apropriação indébita, desestimulando a sonegação, entre outras questões. “O fato é que a sociedade precisa acordar para a gravidade desta situação, do que está por vir. Fico muito estarrecido com a inércia das pessoas, quero crer que é falta de conhecimento e de entendimento do que está posto. É preciso resistir, é necessário nos mobilizarmos para barrar essa proposta indecorosa que prejudica enormemente os trabalhadores brasileiros”, finalizou o parlamentar, que tem participado de várias atividades esclarecendo os absurdos do projeto de Reforma que tramita em Brasília.
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