"O povo quer ser vacinado, mas, infelizmente, não tivemos um governo que priorizasse a imunização", disse o deputado Jeová Campos
“O presidente Bolsonaro falou ontem, em cadeia nacional, em um pronunciamento completamente distorcida da realidade e dos fatos, pois nunca priorizou a aquisição de vacinas, e foi para a TV dizer que essa era a meta do governo. O que ele propôs, desde o início, foi Cloroquina, Ivermectina e outras "tinas", mas não fez as ações concretas para suprir o país de vacinas, e hoje sofremos por causa desta inércia e descaso com uma situação tão séria como essa da pandemia”, disse hoje (24), o deputado estadual Jeová Campos, durante sessão remota da ALPB.
O povo quer ser vacinado, lembrou o deputado, destacando que o governo brasileiro só está acordando agora, quando o país atinge a infeliz cifra de três mil mortos/dia por causa do Covid. “O governo não investiu no Instituto Butantã dotando-o de condições para que ele se aparelhasse e ampliasse sua capacidade de produção, não fez um gesto com a Fiocruz para que ele tivesse uma capacidade de produção muito superior do que a que ela tem hoje, não adquiriu as doses da vacinas da Pfizer oferecidas ao governo brasileiro em setembro do ano passado e, até março, Bolsonaro não aceitava as vacinas da Pfizer”, afirmou Jeová.
Ainda segundo o parlamentar, o discurso de Bolsonaro na noite dessa terça-feira, foi um mar de contradições. “Nunca vi tanta falta de verdade, tanta falta de compromisso com o governo brasileiro. Aquele pronunciamento de ontem, para quem tem o mínimo de senso crítico, foi uma vergonha, porque distorce completamente a verdade, os fatos e induz a mentira de levar as pessoas a pensarem que o governo federal está agindo. Agindo está o Governo da Paraíba, com a equipe de saúde. Os governadores do NE também estão agindo, mas Bolsonaro sempre foi contra, dizia que era uma gripezinha e nosso povo está pagando um preço muito alto. Morrem proporcionalmente hoje oito vezes mais pessoas no Brasil que na Inglaterra. Isso é uma tragédia, uma tristeza que eu lamento muito”, finalizou Jeová.
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