Deputado Jeová Campos rebate ameaças autoritárias do deputado Eduardo Bolsonaro e levanta sua voz contra o regime de exceção com que querem governar o Brasil.
“O
que, no começo, pareciam atos de insensatez, revelam-se, agora, atitudes claramente
marcadas por uma prática autoritária, sem qualquer compromisso ou respeito com
a Democracia. A cada dia, surge um novo e aterrador capítulo na perversa rama
que se tornou o governo - ou seria melhor dizer desgoverno – Bolsonaro, protagonizado
não só pelo presidente – assim mesmo, com “p” minúsculo – e seus filhos asseclas,
que vem tornando um martírio nossa perspectiva de termos uma nação livre,
democrática e soberana”.
É
com esse sentimento de repúdio que o Deputado Estadual Jeová Campos, resume o que
seria o prefácio de um governo que já se apresenta moribundo, antes mesmo de
completar seu primeiro ano de mandato.
Pouco
mais depois de um dia após o presidente, de forma destemperada e indigna para
com o cargo que ocupa, vociferar contra aqueles que veicularam notícias que citaram
o seu nome nas investigações do caso Marielle, um de seus filhos, o deputado - assim
mesmo, com “m” minúsculo – o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse que, se for preciso, poderá dar resposta contra a esquerda brasileira, mesmo que seja através de um "novo AI-5", referindo-se ao Ato Institucional editado no período mais duro da ditadura militar - que implicou na cassação de direitos civis e políticos, invalidou mandatos, instituiu a censura no País e fechou o Congresso Nacional.
Um
descalabro total, contra o qual não podemos nos calar, e que mostra um roteiro
nada alentador do que poderemos ter pela frente, com os mandos e desmandos com que
o clã Bolsonaro pretende conduzir o País a um período dos mais nebulosos da nossa
história. Um roteiro ardilosamente construído bem antes do que se possa
imaginar. Senão, vejamos.
Na
pré-campanha, o então candidato Jair Bolsonaro era contra as privatizações, não
aceitava a venda do setor elétrico, não defendia que empresas multinacionais explorassem
nosso petróleo, e, agora, em seu governo está fazendo exatamente o contrário.
Ou seja, aquilo que ele dizia antes de tomar posse, tomou outro rumo, além de
ter se transformado num governo sem projeto. Não há um projeto consistente
sequer, uma política de segurança, contra a violência que vem tomando o País.
Atacar
as causas do desemprego com programas eficazes, nem pensar. Este governo não
tem uma política de geração de emprego e renda. O que tem é uma política de supressão
de direitos. E são muitos os exemplos, desde o ataque às universidades públicas
até a recente aprovação da reforma da Reforma da Previdência, que aniquilou os
direitos e sonhos dos brasileiros em alcançar a tão merecida e justa aposentadoria.
Sinal
dos tempos sombrios, eles – presidente, equipe e, pasmem, filhos do presidente,
não têm mais como justificar um projeto de governo, porque o governo está
morto.
Como
se não bastasse, a cada dia, nos escandalizamos com as notícias, não nas páginas
de política, mas policiais, com a família Bolsonaro completamente envolvida em escândalos,
seja na proteção dos milicianos, seja em assassinatos, como é o caso da morte
da vereadora Marielle Franco. Por isso, de forma desesperada, o deputado
Eduardo Bolsonaro veio falar em AI-5. Isso é uma ameaça. E nós não podemos
aceitar ameaças.
É
preciso que as lideranças, as pessoas conscientes, a sociedade civil organizada,
as entidades de classe, sindicatos, o Judiciário e, sobretudo, os detentores de
mandatos públicos se posicionem claramente em defesa da retomada da democracia e
da punição desses que querem dar um golpe no Brasil, rompendo com o Estado
Democrático de Direito. E isso, não podemos aceitar.
É
impossível ficarmos assistindo a esse absurdo político. O Brasil não merece
isso. Eles não passarão!
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